Mesmo que quisessem, as grandes empresas não conseguiriam ficar de fora dos avanços tecnológicos das últimas décadas. Em muitos casos, como no do Business Intelligence, até mesmo negócios menores podem surfar essa onda.
Em tradução livre, esse termo significa algo como Inteligência de Negócio/Mercado, embora seja utilizado sempre na sua versão em inglês e não raro pela sigla BI.
Geralmente, se trata do feliz encontro entre os avanços da Tecnologia da Informação com os da esfera digital e das nuvens.
Na prática, seu principal intuito é ajudar na coleta, gestão e distribuição de dados de modo que eles possam ser melhor interpretados.
Antes as decisões centrais de uma corporação eram tomadas com base na expertise dos líderes de cada setor, ou mesmo da diretoria como um todo. Hoje, a tecnologia pode influenciar bastante em uma tomada de decisão por meio do BI.
Contudo, no Brasil ainda existem alguns mitos em torno do termo. Um deles é o de que o Business Intelligence tiraria a margem de criatividade dos gestores.
Não é verdade, pois o fato de ter os dados necessários ao decidir algo não determina qual será a decisão, que ainda precisa ser criativa e personalizada.
Outro engano é o de que o BI seja um programa ou ferramenta específica. Embora ele dependa eminentemente da TI e de softwares, na verdade ele é um aspecto da cultura organizacional e pode ser melhor compreendido como uma metodologia.
Trata-se da determinação de utilizar as tecnologias disponíveis para garantir que os dados certos estejam nas mãos das pessoas certas e na hora certa.
Sendo assim, se você quer entender melhor como isso funciona e quais as vantagens que pode trazer para a performance do seu negócio, siga conosco até o final da leitura.
Como o BI pode atuar na rotina corporativa
A tecnologia não revolucionou apenas os hábitos das pessoas e dos consumidores em geral, mas também a rotina das empresas, que cada vez mais precisam se adaptar às inovações que surgem quase que diariamente.
Isso vale para bens de consumo rotineiros, como alimentos e roupas. Contudo, é ainda mais válido para quem lida com tecnologias, como segmentos de quadro de comando eletrico, equipamento imprescindível para o setor de automação industrial.
Além disso, os mercados têm se tornado cada vez mais competitivos e saturados de concorrência.
As implicações disso são desafiadoras, afinal, se uma empresa ou um gestor deixa um detalhe passar, pode ser que aquilo custe um período inteiro de produção, ou mesmo uma perda irremediável em termos de quota de mercado.
A área de usinagem CNC é um exemplo. Essa abreviação significa “Controle Numérico por Computador” e representa um dos maiores avanços na área de usinagem, que permitiu a automação da maior parte dos processos de antigamente.
Com isso, porém, é preciso ter um controle (ou seja, um BI) de todas as etapas envolvidas, desde a compra de matéria-prima até as configurações da linha de produção e o tempo médio para a sua distribuição.
Como dito, o simples atraso na compra de um lote, ou a compra de uma quantidade indevida pode resultar em prejuízos incontornáveis e comprometer a sustentabilidade do negócio.
De fato, as variáveis a serem levadas em conta são muitas e seria bem difícil controlar tudo isso sem o auxílio da informática e dos softwares da atualidade.
Vejamos abaixo um pouco mais sobre as etapas envolvidas nisso.
Como e por que fazer coleta e gestão de dados?
Como vimos, o Business Intelligence depende de alguns pilares essenciais, acima referidos como sendo as fases de coleta, gestão e distribuição de dados.
A fase da coleta de dados compreende a captação e o arquivamento de uma infinidade de informações em torno de vários aspectos.
Se a empresa lida com uma manufatura que se inicia na economia primária, como siderurgias que fornecem telas e chapa perfurada inox ou setores agropecuários, essas fases podem abarcar os seguintes aspectos:
- Parte de extração/produção primária;
- Frente de fornecedores e compras;
- Prazos e produtividade principal;
- Pedidos e gargalos na produção;
- Controle de oportunidades perdidas;
- Reputação da marca no mercado;
- Relação e fidelização do cliente.
Já a fase de gestão de dados compreende a organização dessas informações e é igualmente fundamental para uma boa estratégia de Business Intelligence.
Com ela e por meio de bancos de dados tudo o que foi captado pode ganhar um aspecto mais visual e acessível.
Se, em vez de manufatura a empresa lida com serviços, como no caso de escritórios que trabalham com o setor de segurança do trabalho emitindo laudo NR10 e outras normas regulamentadoras, pode haver otimização nos aspectos acima listados.
Seja como for, em todos os casos a fase de gestão já permite uma série de análises. O monitoramento e a ação, contudo, são próprios da última fase do BI, a de distribuição de dados, conforme aprofundaremos adiante.
A importância da ação e do seu monitoramento
Não é preciso estar no universo corporativo para imaginar a quantidade de empresas que, infelizmente, gastam grande parte do seu tempo e dos seus recursos em processos inadequados.
O pior é que além de gerar prejuízo para os cofres da corporação, isso ainda concorre para o risco de levar descontentamento ao mercado. Afinal, se a qualidade da solução estiver comprometida os clientes certamente ficarão insatisfeitos.
Aí é que entra o papel da distribuição de dados que o Business Intelligence visa tornar mais eficiente e sustentável.
Para ilustração, vamos permanecer no exemplo da siderurgia que lida com manufatura, produzindo desde telas e chapas até tubo de inox ou de aço.
O que vimos é que uma tomada de decisão não pode prescindir das informações necessárias, as quais precisam chegar às mãos da pessoa na hora certa.
Em um exemplo bem prático, o setor de compras não pode conseguir o melhor lote em termos de preços e prazos se não estiver informado sobre todos os fornecedores do material.
Em outros casos, porém, trata-se de aspectos mais intrincados, como o controle de qualidade ou apuração dos valores intangíveis, como reputação no mercado.
Em qualquer um deles, o que temos na fase de distribuição é a noção de que é fazer as informações transitarem entre os gestores, trazendo a devida ação por parte deles. Contudo, também é preciso criar processos de monitoramento.
Se a siderúrgica do exemplo acima faz testes na produção, trazendo mudanças de manufatura na linha de tubo quadrado, redondo e retangular, ela precisará criar processos distribuídos para garantir que o monitoramento irá controlar todos eles, um a um.
De fato, não adianta tentar novas soluções se o sucesso ou fracasso delas não puder ser mensurado e se tornar um conjunto visual e acessível para os esforços de BI.
Bônus: clusterização e democratização da TI
De tudo o que foi dito, já é possível perceber que o Business Intelligence pode e deve ser aplicado na rotina das empresas. Ou seja, embora ele seja típico dos setores de TI, não é um conceito abstrato e exclusivo.
Por isso as empresas investem cada vez mais em BI e em Tecnologia da Informação de modo geral. Mesmo as que não têm tantos recursos buscam por alternativas mais em conta, como é o caso da clusterização.
O termo cluster significa “aglomerar”. A ideia é emparelhar duas ou várias máquinas de modo a torná-las tão eficientes quanto uma máquina de alto desempenho.
Assim, uma empresa de varejo ou uma oficina de comunicação visual que esteja começando na área de instalação de revestimento em ACM e afins, pode iniciar o uso de gestão de dados e Business Intelligence antes de ser uma empresa média ou grande.
O que precisa ficar claro é que se existe algo importante para uma empresa atual é que ela não pode ter gargalos e dificuldades com a geração/gestão de dados.
Aquele velho ditado de que “Informação é poder” faz ainda mais sentido atualmente, sobretudo no mundo corporativo. Com a otimização operacional que a estratégia de clusterização traz, ele se torna acessível a todos.
Literalmente, trata-se de montar uma supermáquina pelo valor de máquinas comuns. Lembrando que a parte mais cara dos processos de TI geralmente se concentra no hardware, que é o elemento físico de peças, justamente a área facilitada pela clusterização.
Já a parte de softwares não apenas costuma ser mais em conta, como geralmente permite acesso gratuito a uma série de soluções bastante eficientes.
Também assim, ao contrário do hardware que tem uma universalidade bem grande, a demanda de programas é altamente customizável e varia conforme os segmentos.
Alguns dos softwares de um escritório de advocacia podem ser totalmente diferentes dos de uma empresa que lida com destinação de resíduos, por exemplo.
Em todo caso, ficou claro neste artigo como o Business Intelligence é fundamental para os dias que correm, pois sem ele as empresas não conseguiriam dominar as variáveis de um mercado cada vez mais competitivo e variável.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Sabia que a Amura Comunicação desempenha o serviço de BUSINESS INTELLIGENCE? Clique no link e saiba mais.