Marketing pessoal: saiba como pode mudar o rumo de um networking

Já não é segredo para ninguém como o mundo corporativo mudou nas últimas décadas. O que pouca gente sabe é como isso também altera a carreira individual dos profissionais, especialmente no tocante ao marketing pessoal e networking.

De fato, hoje um autônomo pode ter um nome tão forte quanto o de uma marca tradicional, e pode ter que trabalhar tanto quanto ela para manter seu posicionamento no mercado, influenciando um público cada vez maior de pessoas e clientes.

Isso sempre foi verdadeiro, ao menos com celebridades do mundo de espetáculos, dos esportes e de segmentos afins. Contudo, com o advento da internet, isso se tornou acessível a praticamente qualquer profissional, seja qual for seu nicho de trabalho.

Um artista de teatro pode se especializar em aula de violão infantil, por exemplo, e simplesmente construir uma reputação do zero, logo, se tornando uma referência absoluta na sua área de atuação.

Essa tendência se iniciou logo na segunda era da internet, se considerarmos que a primeira era limitada apenas a sites estáticos e troca de e-mails. Na segunda surgiram os blogs, e foi justamente aí que o marketing pessoal teve um crescimento enorme.

Quando as redes sociais se juntaram a isso, trazendo o papel do influencer digital, o cenário se tornou ainda mais aquecido. Já o networking encontra um cenário bastante parecido. 

Ele sempre existiu no mundo dos negócios, sendo importante para aqueles que queiram aumentar sua influência e com ela criar um “capital” que não é financeiro, mas que pode ser muito lucrativo, desde que bem realizado.

Também foi a internet que facilitou bastante esse esforço, que hoje pode se desdobrar em situações que vão desde eventos presenciais até parcerias digitais, como em função de guest post e posicionamento nos motores de busca, por exemplo.

Assim, uma empresa de placas informativas personalizadas pode ampliar seu networking, fazendo parcerias com outros negócios da área, e ambos crescerem juntos em termos de ranqueamento em plataformas como Google, Bing e Yahoo.

Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo alguns conceitos da área e dicas práticas sobre como o marketing pessoal pode mudar o rumo de um networking, de modo que as duas estratégias movam uma carreira de patamar.

O mais bacana é que tudo isso realmente serve para qualquer segmento ou nicho de mercado, seja para vender roupas e joias ou moleskine branco na loja virtual de uma papelaria. Para entender melhor, basta seguir adiante na leitura.

Marketing pessoal: do que se trata?

Quando reparamos nas maiores marcas do mundo, seja a líder de venda de refrigerante, de software de computador ou de celulares, percebemos o esforço tremendo que elas fazem para entender seu público-alvo.

Até certo ponto, o marketing pessoal precisa cumprir basicamente os mesmos requisitos, sobretudo no sentido de estar onde seu público está, aparecendo para a pessoa certa, na hora certa e do jeito certo, com a devida compreensão de mercado.

Curiosamente, os pontos de apoio também podem ser mais ou menos os mesmos: os famosos pilares de Missão, Visão e Valores também se aplicam aqui. Ou seja, você pode ter uma “filosofia da marca” mesmo no marketing pessoal.

Neste sentido, ele pode começar na apresentação básica, como com um cartão de visita nutricionista, e avançar para a criação de toda uma narrativa que torne esse profissional diferenciado em relação aos demais, gerando um valor agregado maior.

Basicamente, hoje esse conceito se aplica a vários profissionais, entre os quais:

  • Influencers;
  • Autônomos em geral;
  • Freelancers;
  • Profissionais liberais;
  • Palestrantes;
  • Coachings e mentores.

Deste modo, você vai criar sua própria reputação, pois é possível ter um controle maior do que parece sobre o que vão achar do seu trabalho e da sua atuação enquanto profissional.

Assim, sua marca vai crescendo conforme seu plano de negócio, e não de maneira anárquica ou desorganizada.

O que exatamente é o networking?

Esse é o tipo de conceito cuja tradução já diz muito e pode nos ajudar bastante: “net” nada mais é do que “rede”, e “work” é trabalho. Portanto networking é, somada com o sufixo “ing”, nada menos que trabalhar sua rede de contatos.

Porém, não se trata de qualquer tipo de contato, mas do contato com pessoas que podem agregar algum valor à sua própria imagem, e que de algum modo tenham sinergia com o seu trabalho e a sua missão naquele contexto.

Ou seja, é preciso ter muito foco, até porque é bem difícil criar uma relação com vários contatos ao mesmo tempo. Então, se não houver concentração, todo o trabalho vai acabar se tornando dispersão, e não vai trazer o resultado desejado.

Se a pessoa atua na área gráfica, que vai desde panfletos até grande painel de publicidade, a troca de experiências e de “capital” vai acontecer melhor com alguém que seja referência nessa área, e que tenha experiências e informações relevantes.

Um exemplo básico da atualidade é o das lives em redes sociais. Antes de aceitar ou propor uma transmissão ao vivo com alguém, você precisa mensurar quanto aquele contato pode agregar ao seu próprio trabalho.

Não se trata de ser interesseiro, mas dificilmente uma pessoa que tem mais de um milhão de seguidores vai fazer uma live com quem tenha menos de mil. Isso ocorre pois cada um está em uma etapa do seu marketing pessoal e da sua própria carreira.

Motivos para alinhar ambos os esforços

Até aqui, as vantagens e os benefícios dessas duas estratégias já ficaram bastante claras. O marketing pessoal ajuda qualquer pessoa a fortalecer sua imagem e se tornar uma referência, ao passo que o networking trabalha uma rede de contatos.

Dito de outro modo, o marketing pessoal é um modo de o profissional olhar para o mercado, e pensar na maneira como seu público-alvo vai vê-lo, seja ele um corretor de sala reunião pequena ou um coaching que faz palestra em empresas.

Já o networking é um modo de olhar para dentro, e pensar no modo como seus pares veem seu trabalho. Evidentemente, a maneira como o público enxerga um profissional também vai acabar influenciando no modo como os outros profissionais daquele segmento o veem.

Portanto, existe uma relação orgânica e bastante próxima entre essas duas dimensões da carreira. Por isso mesmo, é preciso deixar mais claro quais sãos os motivos para alinhar as duas estratégias, sendo eles:

1. Não é fácil conseguir contatos profissionais

Vamos utilizar novamente o exemplo das redes sociais, e sobretudo, das lives. Imagine se você quer realizar uma dessas reuniões online com alguém que é muito conceituado em sua área, porém a pessoa tem Assessoria de Imprensa e não é tão acessível.

Pode ser um profissional de design, e você é alguém especializado em flyer digital. Como vimos, uma conta de poucos seguidores não vai atrair alguém que tenha milhões, então o primeiro passo é fortalecer a própria marca.

Aí é que entra o marketing pessoal como um esforço que vem antes do networking. Ou seja, nem sempre é tão fácil conseguir um bom networking, sobretudo se você realmente vai iniciar do zero e não conhece ninguém na área.

Deste modo, ao investir no marketing pessoal e crescer perante o público (o que é mais fácil, pois basta criar conteúdos bons frequentemente), você vai se tornar mais respeitável e certamente atrairá a atenção de outros profissionais da área.

2. A sua carreira precisa ser sincera e íntegra

Outro ponto fundamental, que nem sempre é levado em conta, tem a ver com a necessidade de “vender” uma imagem verdadeira ao mercado. O marketing pessoal é fundamental para o profissional sempre se perguntar quem ele é e quais são seus objetivos.

Como vimos, é preciso ter uma “filosofa da marca”, mesmo para ser um autônomo. Assim, a pessoa consegue suprir uma demanda essencial do mundo corporativo de hoje: a de que é preciso ser transparente, íntegro e idôneo o tempo todo.

Você certamente já ouviu falar que “mentira tem perna curta”. Na era da internet isso é ainda mais verdadeiro, uma vez que tentar vender uma imagem falsa é algo que certamente duraria muito pouco, e depois jogaria fora todo um trabalho feito.

3. O networking deve ser efeito, não causa

Já mencionamos que dificilmente alguém vai crescer em seu segmento sem gerar conteúdo de qualidade, com uma frequência razoável.

Seja um blog sobre as vantagens de usar crachá de empresa ou um podcast sobre a importância da tecnologia na Indústria 4.0, em algum momento é preciso dar algo de qualidade para o público, como modo de reforçar a autoridade.

Isso tudo deixa claro que o networking não deve ser visto como a causa do sucesso de alguém, como se bastasse “conhecer as pessoas certas”. Ele é um efeito, a causa está na autoridade real que você gera com o tempo.

Considerações finais

As dicas dadas acima são extremamente importantes, afinal, na era das redes sociais é muito comum alguns pensarem que é possível “transferir autoridade” ou criar uma celebridade do dia para a noite.

Na verdade, um crescimento sólido e sustentável só pode funcionar se o marketing pessoal estiver amparado em qualidades reais. Assim, o networking muda de rumo e se torna uma estratégia válida para o curto, o médio e o longo prazo.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.